Quais os principais desafios para colocar o ESG em prática?

No mundo corporativo, clientes, investidores, parceiros e outros stakeholders cada vez mais buscam organizações que estejam alinhadas com seus propósitos e visam, além do lucro, fazer a diferença na sociedade como um todo. Dessa forma, os fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) tornaram-se cruciais para a tomada de decisão no mercado financeiro, sendo incorporados aos programas de compliance das instituições.

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 A crescente valorização das práticas ESG ocorre por diversos fatores. Primeiramente, investidores estão priorizando negócios que possuam boas classificações nesse aspecto, pois isso aumenta o acesso a capital e reduz os custos de empréstimos. Além disso, regulamentações mais rigorosas tornam a conformidade essencial, evitando multas substanciais. A reputação das empresas também está em jogo, já que consumidores e a sociedade em geral esperam posturas responsáveis e sustentáveis por parte das organizações.

A inclusão da agenda ESG nos programas de compliance dos negócios modernos se tornou indispensável devido à pressão crescente de investidores e reguladores. Empresas que adotam práticas sustentáveis tendem a apresentar melhor desempenho financeiro a longo prazo, implementando políticas que exigem um crescimento sustentável. No entanto, a implementação efetiva do ESG enfrenta desafios significativos, como a falta de conhecimento sobre o tema, escassez de recursos e os impactos financeiros sobre as operações.

Uma pesquisa realizada pelo HRTech Mereo, em parceria com a consultoria global Kygo e divulgada pelo Estadão, revelou que, apesar da priorização do ESG pelas empresas, apenas 33% delas conseguem focar simultaneamente nos três pilares. A maioria (57%) dedica-se a dois dos três pilares, enquanto apenas 10% concentram-se em apenas um. Essa dificuldade reforça a necessidade de estratégias claras e bem estruturadas para garantir uma implementação eficaz do ESG dentro das organizações.

Os três pilares do ESG possuem importância estratégica para as empresas. O pilar ambiental foca na redução dos impactos ambientais e na adoção de práticas sustentáveis, como gestão de emissões de carbono e conservação de recursos naturais. Já o pilar social trata da relação da empresa com seus funcionários, clientes e comunidades, abrangendo temas como saúde e segurança no trabalho, diversidade e inclusão, e proteção de dados. Por fim, a governança diz respeito à estrutura de liderança e transparência organizacional, incluindo políticas anticorrupção e responsabilidade dos diretores.

A implementação bem-sucedida do ESG requer um planejamento estratégico sólido. Empresas devem estabelecer metas claras, identificar áreas de melhoria, envolver stakeholders, comunicar esforços de forma transparente e monitorar continuamente o progresso. Além disso, a coleta de dados relevantes, a definição de métricas de desempenho e a adaptação às mudanças regulatórias são fundamentais para alinhar ESG à estratégia de negócios.

Olhando para o futuro, o ESG continuará enfrentando desafios, como aprimoramento na divulgação de dados, adequação a novas legislações e inclusão de temas emergentes, como inteligência artificial ética. No entanto, as empresas que adotam práticas ESG estarão mais bem posicionadas para atrair investimentos, garantir conformidade regulatória e atender às crescentes expectativas da sociedade. Assim, o compromisso contínuo com a agenda ESG não é apenas uma escolha ética, mas também uma estratégia essencial para a competitividade e sustentabilidade no mercado financeiro.

Referência:

COMPLIASSENT. "Quais os principais desafios para colocar o ESG em prática?". Disponível em: https://www.compliasset.com/esg-asg/910-quais-os-principais-desafios-para-colocar-o-esg-em-pratica/. Acesso em: 25/02/2025.