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Resolução do CNJ visa aumentar representatividade feminina em cargos nas Cortes

  • Gabryella Cardoso
  • 3 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Durante uma entrevista à TV Migalhas, Ellen Gracie, ex-ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal (STF), analisou os principais desafios enfrentados pelo setor nos últimos anos.


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Gracie, que é uma figura destacada na história do Judiciário brasileiro não só por sua reputação como jurista, mas também por ser pioneira e símbolo do avanço na representação feminina, foi nomeada para o STF em 2000 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, tornando-se a primeira mulher a integrar a mais alta Corte do país.


Atualmente atuando como advogada após sua aposentadoria do Supremo, Gracie abordou diversos temas durante a entrevista concedida durante a posse da nova diretoria do Cesa - Centro de Estudos das Sociedades de Advogados. Entre esses temas, destacam-se a participação das mulheres em altos cargos no Judiciário, a necessidade de reformulação da grade curricular dos cursos de Direito e o aumento da prática da advocacia predatória no país.


Gracie argumentou que para melhorar a eficiência e a equidade do sistema jurídico brasileiro como um todo, é essencial investir em reformas nos cursos de Direito do país. Ela expressou preocupação com o grande número de faculdades de Direito que oferecem ensino de qualidade inferior, enfatizando a necessidade de atualização dos currículos para fornecer uma educação mais abrangente e preparar os futuros profissionais para lidar com a crescente complexidade dos problemas jurídicos.


Além disso, Gracie ressaltou a importância de combater a litigância predatória, uma prática que gera um grande número de novos processos judiciais anualmente e causa prejuízos significativos, tanto para o sistema judiciário quanto para a própria advocacia. Ela enfatizou que a solução para esse problema requer uma colaboração ativa entre o poder Judiciário e os representantes da advocacia.


A ex-ministra também abordou a questão da representatividade de gênero no Judiciário, elogiando a política de alternância de gênero implementada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o preenchimento de vagas na segunda instância. Ela destacou que essa política é um passo importante para aumentar a participação das mulheres em cargos de alto escalão nas Cortes de Justiça, reconhecendo os obstáculos que as mulheres enfrentam para avançar em suas carreiras jurídicas.


Em suma, a entrevista de Ellen Gracie ofereceu insights valiosos sobre os desafios enfrentados pelo setor jurídico brasileiro e destacou



a importância de reformas e colaboração para superá-los.


 
 
 

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